Patrick 1,5

Chuva e cinema nem sempre são a melhor dupla, principalmente quando se planeja sessões em salas diferentes. Graças ao pé d’água de ontem eu e, pelo que ouvi, outras pessoas mudaram os planos para as sessões. Ao invés de ir da Paulista para a Cinemateca, acabei indo para o CineSESC.

Hoje a previsão é de que a minha programação será atrapalhada mais uma vez, porque chuva e caminhadas de sala em sala, carregando catálogo e guarda-chuva, não combinam. A minha sugestão é ou ficar em uma sala, ou um cinema, ou salas bem próximas para que a chuvinha não atrapalhe os seus horários.

Quem sabe ficar no Unibanco Arteplex do Frei Caneca e aproveitar as sessões de Tyson (Tyson), de, de James Toback, (Tokyo!), de Michel Gondry, Leos Carax, Bong Joon-Ho,  Patrick, Idade 1,5 (Patrick 1,5), de Ella Lemhagen e Eu Matei Minha Mãe (J’ai Tué Ma Mère), de Xavier Dolan. Ou fazer uma programação cinema nacional no Cinema da Vila.

A Eternidade e Um Dia

Quem gosta de um cinema mais parado, com paisagens e muito momentos de reflexão, pode aproveitar mais uma maratona Theo Angelopoulos, dessa vez no Cine Bombril. Serão exibidos: Paisagem na Neblina (Topio Stin Omichli), A Eternidade e Um Dia (Mia Aioniotita Kai Mia Mera) e Trilogia II: A Poeira do Tempo (I Skoni Tou Hronou). Após a sessão do segundo filme da trilogia, que será exibido às 19h30, haverá um  debate com Angelopoulos e a entrega do Prêmio Humanidade pelo conjunto de sua obra pela Mostra.

Vencedor de uma Palma de Ouro e um prêmio do júri ecumênico em Cannes por ‘A Eternidade e Um Dia’, o diretor grego Theo Angelopoulos ganhou uma retrospectiva de sua extensa obra na 33ª Mostra Internacional de Cinema.

Sua obra pode ser classificada em três fases: um primeiro período de filmes históricos e políticos, produzidos em um momento de turbulência ideológica na Europa Ocidental; um segundo período em que o foco recai sobre os personagens, tendo a história e a política como pano de fundo; e um terceiro, mais existencial, centrado no destino humano, nos quais temas como as fronteiras (exteriores e interiores), o exílio e a busca de uma origem perdida compõem fragmentos de uma longa e dolorosa elegia.

A Mostra Internacional de Cinema retoma em sua 33ª edição uma admiração de longa data por esse grande cineasta contemporâneo. Admiração que começou com Viagem a Cithera (1983), exibido na 8ª Mostra. Prosseguiu com Paisagem na Neblina (1988) e O Passo Suspenso da Cegonha (1991), apresentados na 15ª Mostra, e Um Olhar a Cada Dia (1995, 19ª Mostra). Em 1996, quando apenas dois de seus filmes haviam estreado comercialmente no Brasil, a 20ª Mostra dedicou-lhe uma retrospectiva completa de sua obra que incluía sete títulos inéditos no país, do início da carreira. A relação continuou depois com A Eternidade e um Dia (22ª Mostra), Palma de Ouro em Cannes em 1998, e O Vale dos Lamentos (2004, 29ª Mostra), primeira parte de uma trilogia que discute as raízes da Grécia no século XX. Na 33ª Mostra, além da revisão de suas obras-primas, é hora de conhecer sua mais nova aventura, a segunda parte da trilogia, A Poeira do Tempo (2008).

E se não tiver nenhum plano para amanhã de manhã, você pode até continuar no Cine Bombril e assistir dois documentários sobre música. À meia-noite será exibido A Todo Volume (It Might Ge Loud),de Davis Guggenheim. E às duas da manhã uma sessão única do documentário de Kenny Ortega sobre Michael Jackson This Is It. Pois é, assistir filme às duas da manhã é coisa de fã mesmo, mas será uma das primeiras sessões do filme que estréia amanhã, 28 de outubro.

Alô, Alô, Terezinha

Quem gosta de festa pode aproveitar no Reserva Cultural a pré-estréia + festa do Chacrinha: pré-estréia do filme Alô, Alô, Terezinha às 21h30, seguida de festa open bar no Biroska. A pré-estréia acontecerá nas 4 salas, e ingressos darão direito a entrada na festa.

Seguem outras dicas de filmes para hoje na 33ª Mostra. Lembrando: siga o Cinematógrafo no Twitter para notícias de última hora, como salas lotadas, e dicas de filmes. Bons filmes!

A Batalha Dos 3 Reinos (Chi Bi), de John Woo

Amanhã ao Amanhecer (Demain, Dès L’Aube), de Denis Dercourt

À Procura de Eric (Looking For Eric), de Ken Loach

Czar (Tsar), de Pavel Lounguine

Eu, Ela e Minha Alma (Cold Souls), de Sophie Barthes

Metropia (Metropia), de Tarik Saleh

Ricky (Ricky), de François Ozon

Sussuros ao Vento (Sirta La Gal Ba), de Shahram Alidi

Vício Frenético (Bad Lieutenant: Port of Call New Orleans), de Werner Herzog

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